“Cidadãos do
Cosmos” é uma exposição de Anton Vidokle, com curadoria de Miguel Amado e Alexandra Balona, que reúne quatro filmes que exploram narrativas
e imagens do Cosmismo Russo, traçando a história e destacando a relevância
contemporânea deste movimento.
A ação dos filmes decorre em diversos cenários –
desde Moscovo a Tóquio, Kiev e Alma-ata e Karaganda, no Cazaquistão – e os seus
protagonistas são atores amadores locais – de artistas a agricultores,
taxistas, bailarinos e seguranças. Os filmes usam dispositivos cinematográficos
situados entre o documentário e a ficção, e abordam temas relacionados com a
biopolítica, o universalismo, a utopia, a revolução e a museologia.
O Cosmismo Russo
é uma constelação de teorias e projetos – filosóficos, artísticos, científicos
– baseados no pensamento do filósofo russo Nikolai Fedorov (1829-1903) e que congregam discursos do marxismo, do cristianismo ortodoxo russo, do Iluminismo ocidental
e da filosofia oriental. Este movimento postula conceções de imortalidade
tecnológica, ressurreição e exploração espacial, e especula acerca da
materialização dessas ideias através de meios artísticos, sociais e científicos.